Unam-se brasileiros para acabar as injustiças em nosso país! - Jovem brasileiro em Goiás é barrado em Universidade Federal por banca que se diz ilibada e examinadora do sistema de cotas, como não sendo pardo quando todo e qualquer brasileiro enxerga facil

30/03/2025 16:39

Jovem brasileiro em Goiás é barrado em Universidade Federal por banca que se diz ilibada e examinadora do sistema de cotas, como não sendo pardo quando todo e qualquer brasileiro enxerga facilmente que ele é pardo - o que está acontecendo no Brasil afinal?

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Somente com adequada união e posicionamentos pessoais, coletivos, regionais, nacionais e internacionais podemos resistir e prevalecer contra injustiças praticadas pelos diferentes sistemas que no Brasil manipulam a vida do povo segundo o prazer e satisfação particular de cada liderança no momento, enquanto nossa nação for um palco de preconceitos e injustiças transformados em decretos não daremos nenhum passo pelo nosso bem estar e estaremos condenando nosso presente e gerações futuras.

Cordialmente, Cesar Augusto Cabral Arevalo, Iehoutah.

 

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https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/03/01/jovem-que-perdeu-vaga-de-medicina-na-usp-por-nao-ser-considerado-pardo-entra-na-justica-para-tentar-reverter-decisao.ghtml

 
 

Por Leonardo Pinheiro, Deslange Paiva, g1 SP e TV Globo — São Paulo

 

 
O jovem de Cerqueira César (SP) foi aprovado pelo Provão Paulista no curso de medicina da USP, mas perdeu a matrícula — Foto: Alison Rodrigues/Arquivo pessoal

O jovem de Cerqueira César (SP) foi aprovado pelo Provão Paulista no curso de medicina da USP, mas perdeu a matrícula — Foto: Alison Rodrigues/Arquivo pessoal

A família de Alison dos Santos Rodrigues, jovem de 18 anos que perdeu sua vaga no curso de Medicina da Universidade de São Paulo após ter a autodeclaração como pardo negada pela banca de heteroidentificação, ingressou na Justiça para solicitar que a matrícula do estudante seja efetivada imediatamente.

Alisson é da cidade de Cerqueira César, no interior de São Paulo. Ele havia sido aprovado no vestibular via Provão Paulista, do governo do estado, na categoria cotistas egressos da rede pública e autodeclarados PPIs (pretos, pardos e indígenas).

No caso dos alunos que fizeram o Provão Paulista, as bancas de heteroidentificação foram realizadas virtualmente, informou Laise Mendes, tia do jovem.

Questionado pelo g1 sobre o motivo de a USP não fazer entrevistas de forma presencial, a universidade informou que "isso demandaria um calendário de bancas de heteroidentificação incompatível com o calendário dos vestibulares do ENEM, das universidades paulistas e do Provão Paulista"

"Teríamos muitos candidatos viajando para São Paulo sem matrícula efetivada e sem uma resposta definitiva das bancas de heteroidentificação, o que acarretaria prejuízo para os candidatos", completou.

 

'Estamos lutando', diz família

 

"Estamos lutando, pois ele tem os critérios que a USP pede, ele tem os traços, ele fala que sempre soube que é pardo, se declara pardo, e eles não querem aceitar as pessoas como elas são. Isso é injusto", disse Laise Mendes.

 

"Mandaram e-mail de boas-vindas e depois informaram que não iria se encaixar no PPI. Eles o analisaram por vídeo, que durou um minuto, ele leu só um texto. No meio da recepção de calouros, eles nos enviaram o e-mail falando que havia sido negado em PPI. Ficamos sem chão, afinal, no dia 23, havíamos recebido o e-mail que ele havia sido aprovado e poderia fazer a matrícula do dia 26 ao dia 28. Quando deu errado, choramos muito, ficamos sem saber o que fazer", completa.

 

Em nota, a USP informou:

"Alisson dos Santos Rodrigues, a deliberação final se deu na última sexta-feira, dia 23 de fevereiro, e foi enviada no dia subsequente. Importante frisar que todos os candidatos que estavam com recursos sendo analisados sabiam que a matrícula estava condicionada ao resultado das bancas de heteroidentificação. O que o estudante tinha era uma pré-matrícula condicionada ao resultado do processo de heteroidentificação".

g1 também perguntou sobre os cuidados para esse tipo de avaliação, já que até mesmo a iluminação do local poderia prejudicar o aluno. Em resposta, a USP disse que "nas versões virtuais, a banca de heteroidentificação toma todo o cuidado para que a visualização das características fenotípicas seja feita de maneira adequada, pedindo, por exemplo, para que os candidatos mudem a posição do corpo e procurem lugares com melhor iluminação. Tudo para garantir a isonomia da oitiva".

 

Como funciona a análise da banca de heteroidentificação da USP?

 

A USP informou que a comissão foi criada para coibir fraudes e garantir a integridade da autodeclaração das pessoas convocadas para a matrícula nas vagas reservadas para política de ações afirmativas para pessoas negras, de cor preta ou parda nos cursos de graduação.

Essa comissão é composta por:

 

  • Uma pessoa docente da USP diretamente eleita
  • Uma pessoa discente da pós-graduação indicada pela Coligação dos Coletivos Negros da USP
  • Uma pessoa discente da graduação indicada pela Coligação dos Coletivos Negros da USP
  • Uma pessoa representante da sociedade civil organizada que atue na defesa das ações afirmativas
  • Uma pessoa funcionária técnica-administrativa diretamente eleita.

 

Os candidatos que se autodeclaram Pretos, Pardos e Indígenas (PPI) passam por uma análise fotografia por duas bancas de cinco pessoas, baseada somente em fatores fenotípicos. "Caso a foto não for aprovada por uma das bancas (por maioria simples), ela é direcionada automaticamente para a outra banca. Nenhuma banca sabe se a foto está sendo analisada pela primeira ou segunda vez, o que garante uma dupla análise cega das fotografias".

No final desse processo, se as duas bancas não aprovarem a foto por maioria simples o candidato é automaticamente chamado para uma oitiva presencial, no caso de aluno que ingressou pela Fuvest. No caso de candidados aprovados pelo Provão Paulista ou Enem, essa segunda fase é virtual.

De acordo com a USP, como a análise é estritamente fenotípica, a banca não faz nenhum tipo de pergunta sobre a vida dos candidatos. O que conta mesmo é a cor da pele, os cabelos e a forma da boca e do nariz.

"Para os candidatos do Enem e do Provão Paulista, foram feitas oitivas virtuais. Isso porque muitos desses candidatos moram em lugares muito distantes e a Universidade procura, assim, garantir condições para que candidatos de outras localidades tenham a oportunidade de ingressar na USP".

A banca considera fatores como a cor da pele morena ou retinta, o nariz de base achatada e larga, os cabelos ondulados, encaracolados ou crespos e se os lábios são grossos. Se identificados alguns desses elementos, é sugerida a aprovação da autodeclaração.

Os alunos que não são aprovados, podem entrar com um recurso que é analisado por uma terceira banca recursal, também formada por cinco professores da Universidade.